terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Amor que tanto nos busca


Numa esplêndida noite de céu claro e lua cheia, um barco a vapor descia as correntes do rio Potomac, na América do Norte, com umas poucas pessoas a bordo. Tão calma estava a natureza, que só se ouvia o ruído do motorzinho a cortar as águas sob a luz do luar brilhante.

Atendendo a pedidos dos passageiros, o senhor Sankey, amigo do evangelista D.L. Moody, tomou a viola e pôs-se a cantar o que sabia: hinos cristãos.

De repente, quando entoava o hino "Jesus, Minha Fortaleza", foi o cantor interrompido por um homem de pele bronzeada, que lhe falou, aludindo à Guerra de Secessão recém-acabada naquele país:

Senhor, esteve no exército do Sul?

Sim – foi a resposta.

Esteve no batalhão tal e no regimento tal?

Sim, estive, tornou a aquiescer o cantor. Como você sabe?

Nunca mais me esqueço, senhor - prosseguiu o homem de tez vermelha – da noite enluarada em que o vi só com o rosto descoberto. Logo percebi tratar-se de um soldado inimigo do meu exército, o do norte. Tomei, então, meu fuzil e estava pronto para puxar o gatilho, quando o vi sacar da viola, voltar os olhos para o céu e começar a cantar. O hino cristão que ouvi derreteu meu coração. Pensei com meus botões que esse Jesus a quem o senhor cantava devia ser mesmo muito poderoso, para salvar-lhe a vida na hora exata, quando um fuzil estava a ponto de tirá-la. Senhor, o hino que ouvi naquela noite era o que há pouco cantávamos aqui. Nunca que a lua iluminava seu rosto descoberto precisamente como agora o vejo. Entendo que é grande a misericórdia desse Jesus por ter-me enviado duas vezes o senhor para que eu pudesse conhecê-Lo. Da primeira vez, foi forte a impressão que eu tive; desta, estou decidido a responder a alguém que tanto tem me procurado. Por favor, amigo, ajude-me a encontrar Jesus.

"O Filho do homem, veio buscar o perdido" (Lucas 19:10)

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