A candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, descartou ontem ser favorável ao controle social dos meios de comunicação, mas pregou, sem dar detalhes, o "controle público" do setor.
"Particularmente, eu acho que em qualquer seguimento não se trata de controle social, mas de controle público. E isso existe hoje no Brasil, como por exemplo o marco regulatório no setor de petróleo e de energia elétrica", disse Dilma, em campanha em São José do Rio Preto (SP).
O debate sobre o controle social da mídia e a democratização dos meios de comunicação é antigo e mobiliza o PT, mas o partido não pretende, segundo dirigentes envolvidos na campanha, abordar o assunto de maneira explícita no programa de Dilma.
Nos momentos em que é questionada sobre o tema, Dilma reitera ser favorável à liberdade de imprensa, o que também fez ontem. "Sou completamente envolvida com a liberdade de expressão e com a liberdade de imprensa".
Ao participar do programa Roda Viva, no mês passado, a candidata afirmou que "liberdade de imprensa não tem que ter controle". Sinalizou, porém, concordar com o debate sobre "um novo marco regulatório". Ontem, a petista defendeu "a expansão da internet banda larga e a multiplicação de todos os veículos de comunicação".
Em jantar com empresários e políticos no Interior, a presidenciável elogiou o aumento do acesso da população à informação durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como o aumento da liberdade de imprensa, nos últimos anos.
Segundo o secretário nacional de comunicação do PT, deputado André Vargas, o assunto é polêmico no partido e não há nenhuma proposta fechada sobre qual seria o modelo ideal de controle e regulação da mídia. "Ninguém prega o patrulhamento político ou o alinhamento da mídia. Não cabe isso no Brasil e em nenhum lugar do mundo", afirmou Vargas.
Extraído do: Diario do Grande ABC
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