A cada ano, aproximadamente 92% dos gastos do governo federal – excluindo-se pagamento de dívidas e transferências – são engolidos pelas engrenagens do estado brasileiro. De cada cem reais, 25 são destinados ao pagamento de pessoal e outros 67, ao custeio da máquina – despesas que vão do cafezinho servido nas repartições públicas à gasolina que move os veículos de autoridades. Para investimentos em infra-estrutura, saúde, ciência etc., sobram apenas 8%.
Outra demonstração de como a máquina drena os recursos do país está nas estatísticas levantadas pelo professor de finanças públicas Ricardo Bergamini. De janeiro de 2003 até abril deste ano, o gabinete da Presidência da Republica desembolsou 23,4 bilhões de reais. A quantia superou os gastos individuais de oito ministérios: Orçamento e Gestão, Relações Exteriores, Indústria e Comércio, Meio Ambiente, Comunicações, Esportes, Cultura e Turismo.
Este é o retrato das contas públicas brasileiras. Durante esta semana, VEJA.com vai analisá-lo a fundo, ouvindo especialistas e as campanhas presidenciais, para saber, afinal, que Brasil os candidatos pretendem construir nos próximos quatro anos.
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O papel do estado na economia constituirá tema importante do debate eleitoral deste ano. Na sua opinião, o próximo governo federal deve colocar em prática medidas que:
tornem o estado brasileiro maior, com ampliação dos programas sociais, criação de novas estatais e maior apoio à constituição de grandes empresas nacionais
congelem a expansão do estado, permitindo a melhoria, ainda que no longo prazo, das contas do governo
diminuam o tamanho do estado brasileiro, mas o deixem mais eficiente e capitalizado para investir em infra-estrutura, educação e saúde
reduzam o tamanho do estado ao mínimo possível
Fonte: Veja.com
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