Diego Maradona não é mais técnico da Argentina. Nesta terça-feira, o maior ídolo da história do futebol do país se reuniu com o presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, quando foi decidida a sua saída do comando da equipe.
Maradona gostaria de continuar, mas antes de se reunir com Grondona tinha deixado claro que não abriria mão de seus auxiliares, Alejandro Mancuso e Héctor Enrique. O ex-craque também queria incluir na sua comissão técnico o ex-zagueiro Oscar Ruggeri, que é desafeto declarado de Grondona.
- Se me tiram qualquer um, vou embora. Não há possibilidade de que me tirem Mancuso ou Enrique, nem ninguém - disse Maradona em um programa de televisão do país no domingo.
Na reunião, porém, Grondona ofereceu a Maradona continuar no cargo até a Copa de 2014, mas sem sete colaboradores. Segundo o diário esportivo "Olé", o presidente da AFA queria mudar os auxiliares de Maradona, além do médico e do massagista.
- Não há mais nada a falar. Não me conhece? Se trocam a equipe, amanhã você terá que buscar outro técnico - afirmou Maradona, de acordo com o "Olé".
Grondona ainda tentou demovê-lo da ideia, mas Maradona não quis continuar.
Em busca de um substituto
Agora a imprensa argentina começa a especular sobre o futuro treinador. Segundo o "Olé", entre os nomes mais cotados estão Carlos Bianchi, três vezes campeão da Libertadores com o Boca (2000, 2001 e 2003) e uma com o Vélez Sarsfield (1994).
Outros favoritos são Marcelo Bielsa, que comandou o Chile na Copa do Mundo e dirigiu a Argentina entre 1998 e 2004, e Sérgio Batista, técnico da seleção sub-20 e que comandou o time olímpico ouro em Pequim numa das melhores competições que Messi disputou com a camisa argentina.
Miguel Angel Russo, hoje no Racing, e que também ganhou a Libertadores pelo Boca em 2007, e o ex-jogador e atual técnico Diego Simeone também estão entre os cotados.
Para o amistoso do dia 11 de agosto, contra a vice-campeã mundial Holanda, a tendência é que Batista comande o time interinamente.
Maradona é o técnico que ficou menos tempo na era Grondona
Maradona é o técnico que ficou menos tempo no comando da seleção argentina desde que Julio Grondona assumiu a presidência da AFA em 1979. Foram apenas um ano, sete meses e 12 dias desde a saída de Alfio Basile em novembro de 2008.
Tempo suficiente para reforçar ainda mais seu status de deus para os argentinos que receberam a seleção com festa mesmo após o fracasso na Copa do Mundo da África do Sul.
No Mundial, a Argentina era uma das favoritas e Diego foi uma das estrelas, mas nem mesmo ele foi capaz de conter as rápidas investidas do ataque alemão e acabou deixando a Copa goleado por 4 a 0. Na Copa, foram cinco jogos com quatro vitórias e apenas esta derrota para o time de Joachim Löw.
No total, Maradona dirigiu a seleção por 19 partidas. Craque de extremos que viveu sempre entre o céu e o inferno, jamais empatou. Foram 14 vitórias e cinco derrotas.
Fonte: O Globo
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