A pirataria está acabando com o mercado de videolocadoras e de distribuidoras de filmes em Pernambuco. Só no ano passado, a polícia apreendeu mais de 500 mil unidades falsas de CDs e DVDs. De acordo com um levantamento da Junta Comercial de Pernambuco, só no ano passado, 900 locadoras fecharam as portas. Nas cidades de Caruaru e Garanhuns o comércio de aluguel de filmes está praticamente extinto.
“A pirataria é um grande concorrente. Não só a das ruas, como a de internet”, comenta Eduardo Lemos, dono de uma videolocadora que já tem data para fechar as portas: 30 de junho. É a segunda locadora de Eduardo que encerra as atividades desde 2009. Quando ele começou no ramo, há 18 anos, eram oito lojas.
De acordo com o gerente de uma distribuidora de filmes, Carlos Alberto, a data do fechamento da loja está marcada. Será no dia 30 de junho. É a segunda locadora deste empresário que encerra as atividades, de 2009 para cá. Quando ele começou, há 18 anos, eram oito lojas. Só que está cada dia mais difícil enfrentar a concorrência do mercado ilegal.
“Houve uma quebra total do mercado, gerando desemprego e evasão de receitas do Estado. Hoje você vê as passoas comprando livremente produtos pirateados, na frente da polícia, inclusive”, informa Carlos Alberto dos Santos, gerente de distribuidora de filmes.
A pirataria é uma prática que não para de crescer. O aumento no número de apreensões de CDs e DVDs piratas foi de quase 130% desde 2008. No ano passado a polícia recolheu no estado 555 mil unidades pirateadas. A quantidade de produtos apreendidos de janeiro até agora - 244 mil - é quase igual ao total recolhido em 2008, 244 mil unidades.
A pirataria, junto com o contrabando, movimentam no Brasil R$ 67 bilhões por ano. O prejuízo na arrecadação de impostos ultrapassa os R$ 27 bilhões. Os dados são do Conselho Nacional de Combate à Pirataria. Outro estudo feito pela Federação das Indústrias de Pernambuco mostra uma perda significativa na arrecadação do Estado, de R$ 140 milhões só em 2005.
Nas duas últimas operações, feitas no fim de abril nas cidades do Recife e Camaragibe, a polícia fechou dois laboratórios e apreendeu DVDs, impressoras e gravadoras de mídia pirata. Cinco pessoas foram presas. O delegado Tiago Cardoso, explica a dificuldade de conter o crime: “é difícil porque é uma atividade criminosa lucrativa. Tem também a dificuldade porque parte da população não vê isso como um crime maior”.
Os lojistas se valem de descontos e promoções na tentativa de conquistar os clientes, mas nas lojas o que se vê são prateleiras lotadas e balcões vazios.
Fonte: pe360graus
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