Debate sobre união estável de pessoas do mesmo sexo esquentou as discussões em torno do Estatuto das Famílias na audiência pública realizada ontem na Câmara.
A reunião abordou a regulamentação da união homoafetiva e da adoção feita por esses casais. A mudança pode beneficiar grande número de famílias homoafetivas, com a aceitação de parceiros em planos de saúde, declarações de Imposto de Renda e herança. Simpatizantes e oponentes da união civil de homossexuais se enfrentaram de tal forma que o presidente da CCJ e relator, deputado Eliseu Padilha (PMDBRS), argumentou que, face a tantas diferenças e dúvidas, vai precisar encontrar um "meio termo".
O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, explicou que a mudança não significa casamento, mas tem foco na garantia de direitos civis. Ele citou recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos Estados Americanos (OEA), além de posicionamento favorável do governo Lula.
O pastor da Assembleia de Deus Silas Malafaia disse que conceder diretos civis é porta para aprovar o casamento e fez uso político do debate. "Ouvi homossexuais dizerem que o presidente os indicou para a ONU, que os apoia totalmente. Então, nós, evangélicos, que representamos 25% da população, temos que pensar muito bem em quem vamos votar para presidente.
Vamos liberar relações com cachorro e com cadáveres, isso também não é um comportamento?". E foi aplaudido.
Fonte: Jornal o dia
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