Em regiões quentes do Irã, água potável é coisa preciosa. Colhida em cisternas especiais, geralmente levada em cântaros por grandes distâncias. Um pai envia o filho pra buscar água, disse ele: leve este cântaro e traga água, mas toma cuidado pra não derrubar a vasilha e derramar a água. Depois estendeu o braço e deu uma sonora bofetada no lado da cabeça do filho. Lacrimejando, mas segurando o cântaro, o filho dirigiu-se para cisterna. -Porque bateste em nosso filho? perguntou a mãe zangada, ele nada fez! O pai retrucou: Essa bofetada será uma escora para memória dele. Afirmo que, por toda vida, jamais ele ousará derrubar um cântaro cheio dágua. De que valeria lhe bater depois de ter quebrado o pote?
A história transmite, através de uma situação um tanto hostil, que grandes lições aprendidas, não são porventura aquelas que corrijam erros, mas sim as que não os deixam ocorrer. Na vida, nem sempre o aprendizado é anterior ao erro, isso certamente não o invalida, mas torna-o bem mais árduo e doloroso.
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