(Matéria reproduzida na integra do Blog do Alexandre Marinho)
A Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE (antigo CEFET) abriu inscrições para provimento de vagas de nível médio e Superior, bem como para Professores de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico para as unidades de Afogados da Ingazeira, Barreiros, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Ipojuca, Pesqueira e Recife.
Salvo engano, pelo perfil dos professores que serão selecionados para o campus de Garanhuns, acredito que teremos em nossa unidade os cursos que ficaram mais ou menos definidos na audiência pública que houve no início deste ano no auditório da CODEAM: técnico em informática, técnico em meio ambiente e técnico em eletrotécnica.
Tem uma posição que defendo, desde quando ainda fazia parte do Governo Municipal: é que o curso de técnico em informática a ser implantado em Garanhuns forme técnicos em desenvolvimento de software e não em manutenção de microcomputadores. Acredito que, com isso, nós formaremos técnicos para um mercado que está em franca expansão, paga bons salários, e ainda tem o mérito de contribuir para que Garanhuns se transforme aos poucos num pólo de tecnologia da informação.
Não que o curso de manutenção de micros não tenha mercado ou não seja importante, mas a questão é que para estes o mercado é bem menor, assim como a remuneração, porque estes competem com os inúmeros autodidatas que já existem no mercado e que tendem a vender seus serviços por preços mais baixos.
Certa vez ouvi do Sílvio Meira, um dos idealizadores do Porto Digital, o seguinte: “os cursos técnicos em desenvolvimento de software que existem em Pernambuco não conseguem cuspir (sic) a quantidade de profissionais que nós (do Porto Digital) temos precisado anualmente”. Trata-se da opinião de uma pessoa que é considerada um dos mais respeitados cientistas do mundo na área de novas tecnologias e produção de software.
O que me estranha é que até hoje, desde quando saí do Governo, não ouvi mais nenhuma autoridade do município dar um pio sequer sobre esse tema. Das duas uma: ou não tem ninguém que entenda do assunto, ou a posição do governo é de aceitar qualquer curso que seja implantado pelo IFPE. A meu ver esta posição de passividade pode levar Garanhuns a perder a oportunidade de se transformar num pólo produtor de software, espaço que tem sido agressivamente buscada por vários municípios brasileiros cujos dirigentes têm ou tiveram visão de longo prazo, a exemplo de Campina Grande, Recife, Petrolina, Santa Rita do Sapucaí, Manaus, Campinas, apenas para citar alguns.
O cavalo está selado e impaciente à nossa frente, mas continuamos sentados no meio fio, como se o equino fosse nos esperar a vida inteira. O que quero dizer com isso é que a Prefeitura precisa conversar urgente com a reitoria do IFPE sobre esse assunto. Estamos perdendo uma oportunidade única.
Peço inclusive ajuda dos colegas blogueiros para a discussão pública deste tema.
Comigo: O Alexandre tem toda razão em sua posiçao nesta matéria, penso que não há o que ser acrescentado. Acredito também que de fato está faltando gente competente e conhecedora da área na administração municipal. E por fim, será de grande valia levar o assunto para discussão pública, certamente que para isto os blogueiros de Garanhuns e região podem dá uma mãozona!
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