A chuva causou muitos problemas para os moradores do Agreste de Pernambuco. Em Pesqueira, a 213 km de Recife, choveu muito. Em três horas, foram 99 milímetros, a quantidade que estava prevista para o mês todo. A água invadiu as casas e muita lama ficou acumulada nas ruas e um muro foi derrubado pela correnteza. Entrou água dentro do prédio da delegacia da cidade e o atendimento está funcionando em apenas uma das salas.
Em Riacho das Almas, município de 18 mil moradores no Agreste, também a chuva causou danos. A cruz de uma igreja foi arrancada pela força do vento, assim como parte do telhado e do forro. Árvores foram derrubadas.
Em Serra Talhada, foram 10 horas de chuva. O volume chegou a 124 milímetros. É o que costuma chover em todo o mês de abril no município, que fica a 410 quilômetros do Recife. Lá, choveu durante toda a noite. Muitas ruas da cidade ficaram intransitáveis. O nível da água subiu rápido e ficou perigoso circular a pé e de moto.
Em Garanhuns, choveu em um dia o que estava previsto para metade do mês. No bairro de Jardim Petrópolis, a força da água abriu um buraco de 100 metros. Os moradores ficaram assustados, e algumas casas, por pouco, não desabaram. Sete famílias tiveram que sair da área.
No Agreste, a chuva significa perigo para os motoristas por causa da água na pista. É a aquaplanagem, quando as rodas perdem o contato com o asfalto. Na noite da última quinta-feira, no quilômetro 87 da BR-232, em Gravatá, foram dois acidentes em menos de 10 minutos. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), havia vários pontos de alagamento na rodovia. Um dos carros capotou, mas ninguém ficou ferido.
- A PRF recomenda que, ao se depararem com essas situações, além de reduzir a velocidade, verifiquem a situação dos pneus, e acenda os faróis. A multa para quem não ativa as luzes é de R$ 85,30. Durante a aquaplanagem, não pode nem acelerar, nem frear. Tem que manter a velocidade que está - disse o inspetor da PRF, Ellison Bezerra.
Fonte: O Globo
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