A ingratidão é um dos principais problemas do ser humano. Na política brasileira isso é uma coisa corriqueira. Com partidos se identidade fica ainda mais visível esta faceta dos políticos brasileiros.
Em Pernambuco o palanque da oposição se desmancha de maneira melancólica. Como se não bastassem os problemas que Jarbas Vasconcelos tem para continuar sua campanha, ainda está sendo obrigado a aguentar todo tipo de punhalada.
É visível o desconforto do palanque jarbista com Sergio Guerra. Como a grande maioria dos prefeitos do PSDB está apoiando Eduardo, a justificativa tucana não convence ninguém.
Essas desavenças vêm desde a eleição de 2006, quando Sergio Guerra foi preterido em favor de Mendonça Filho para concorrer ao Governo. Desde então ninguém se entende na antiga União por Pernambuco.
Antes de tudo é preciso dizer que a provável derrota de Jarbas não é culpa de ninguém, a não ser dele mesmo e da conjuntura. Não há espaço atualmente para oposição a Lula, ele brigou com quase todos os aliados, ainda durante o Governo, e confiou em quem não devia. O resultado não poderia ser diferente. Basta dizer que de relevante politicamente apenas Raul Henry continua com ele, além do DEM. Romperam ainda durante o Governo Armando Monteiro, José Mucio, José Chaves, Inocencio Oliveira, e por aí vai.
Sergio Guerra resolveu o seu problema, não saindo candidato à reeleição, pois tinha chance zero de se eleger, e ainda não fez o menor esforço com os prefeitos do seu partido, por uma simples razão: ninguém cumpriria. Quando viu o barco afundar, sorrateira e vagarosamente foi pulando fora.
Os jarbistas têm completa razão quando dizem que Sergio Guerra só é Senador porque Jarbas o elegeu. Mas é verdade também que Jarbas é o principal responsável por trazê-lo para a União por Pernambuco. Guerra estava no palanque de Arraes, que tinha sido esmagado pelo próprio Jarbas. Alimentou o monstro, tomando o PSDB de Clovis Correa e João Braga, fez dele senador e presidente do partido em Pernambuco, e agora está tendo que aguentar todo tipo de coice.
A pergunta que deve ser feita é: a fatura da eleição de Guerra para o Senado está paga?
E a resposta é óbvia: claro que não.
A saudosa Cristina Tavares, que dizia que só quem gostava de Sergio Guerra era Arraes e Jarbas, costumava dizer uma frase sobre este: “É uma inteligência em busca de um caráter.”
Os jarbistas têm certeza que ele ainda não encontrou.
Fonte: Blog Acerto de Contas, por Pierre Lucena
Eu apenas acrescento uma perguntinha: É isso (Sergio Guerra) que tão querendo trazer para nós garanhunhenses votarmos como deputado federal? Ai, ai, ai, ai, ai…!
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