19/3/1942, São Paulo (SP)
José Serra nasceu no bairro da Mooca na capital paulista. Ainda adolescente, ingressou na política, como presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo entre 1962 e 1963. Depois, nos dois anos seguintes, foi presidente da UNE.
Perseguido pelo governo militar, três meses depois do golpe de Estado que derrubou João Goulart em 1964, seguiu para o exílio. No exterior, Serra enfrentou dificuldades e não pôde concluir seus estudos de engenharia. Decidiu, então, cursar Economia. Fez seu mestrado nessa disciplina pela Universidade do Chile, da qual se tornou professor. Também foi funcionário da Organização das Nações Unidas nesse período.
Obrigado a exilar-se novamente, após o golpe de Pinochet, Serra foi para os Estados Unidos, onde obteve outro mestrado e o doutorado em Ciências Econômicas pela Universidade de Cornell. Por dois anos, trabalhou professor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton.
Em 1978, José Serra retornou ao Brasil. Tornou-se professor da Unicamp, pesquisador do Cebrap e editorialista da Folha de S. Paulo. Ajudou a fundar o PMDB, a partir do antigo MDB, sendo relator do primeiro programa do partido. No governo Franco Montoro (1983-1987), foi Secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo.
Elegeu-se deputado federal em 1986 e reelegeu-se em 1990. Quatro anos mais tarde, foi eleito senador por São Paulo. Em seguida, ocupou o Ministério do Planejamento e Orçamento do governo Fernando Henrique Cardoso até meados de 1996. A partir de abril de 1998 assumiu o Ministério da Saúde.
No ministério, comandou uma campanha de combate à Aids que é reconhecida como referência no mundo e que é, hoje, adotada por diversos países. Também implantou os genéricos e regulamentou a lei de patentes, fazendo aprovar uma resolução da Organização Mundial do Comércio que permite aos países quebrarem patentes em caso de interesse da saúde pública.
Em 2004, José Serra assumiu a prefeitura de São Paulo, com um desempenho que correspondeu a sua imagem de administrador eficiente e aumentou sua popularidade. Assim, mesmo tendo feito a promessa de cumprir integralmente o mandato como prefeito, deixou o cargo para concorrer ao governo do Estado. Conseguiu conquistar o eleitorado da capital e do interior, elegendo-se governador de São Paulo, no primeiro turno, em outubro de 2006.
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